Martinho Dias was born in 1968 in Sto. Tirso. He currently lives in Trofa, where he has a studio.
He has a master's degree in Fine Arts – Painting, from the Faculty of Fine Arts of Porto.
It is not possible to remain indifferent to Martinho Dias' painting. He captures your gaze, if nothing else because of the unusual break of formal environments he offers us. The dissonant element [...] introduces a caricatural and political dimension that arouses an interpretive gaze. And those who see must reflect, even if art, as Freud intended, may be incomprehensible and enigmatic. Martinho Dias asks us for the effort of reason to give in to the delight of the eye.
And it is not difficult. Through the tension that the faces convey, through the vigorous and markedly gestural smudge, through the light and the contrast of colours and through the irony, certainly, sometimes caricatural and satirical.
To remain indifferent to Martinho Dias' painting is to remain in disquiet and ambiguity. And we men, using the scalpel of explanatory reason, tend towards what is comfortable and right. The question is whether we get there.
António Tavares (Writer)
S’thule Sikhangele - Pintura Escrita por Dumisani ‘Ramadu’ Moyo
95 x 405,5 cm
Acrílico s/ tela
2005
S’thule Sikhangele Pintura Escrita por RAMADU
Eu imaginei o sofrimento das pessoas do meu país num Comboio a que chamo (O Comboio da Liberdade “na canção”) tido como refém pelo governo. Estas pessoas têm estado a viajar neste comboio em direcção à terra prometida desde que o país entrou numa crise política, económica e social. A viagem para a Liberdade, Humanidade, Democracia está cheia de obstáculos, tortura e corrupção. Através das janelas posso ver mulheres, crianças e homens, as suas caras tristes olhando para fora para a bela paisagem africana. Não vejo apenas caras tristes, mas algumas esperançosas, porque o destino da viagem é livre de corrupção, tortura, pobreza, fome e ilegalidade. É a terra prometida...!
Linhas de Orientação
Gostaria de ver caras tristes e esperançadas olhando para fora através das janelas fechadas e abertas do comboio.
Uma paisagem africana bela. Sugiro que procure as imagens da “Paisagem do Zimbabwe” na Internet e aí verá o que mais lhe interessar. Não sou muito rígido na escolha da paisagem. Se não encontrar nada de bom no Zimbabwe, então deverá tentar procurar as imagens de “Paisagem Africana” e então terá muito por onde escolher. Só terá de ser uma paisagem africana que encaixe no quadro que fizer, tão flexível quanto isso.
A cor principal do comboio deverá ser o castanho e a segunda cor deverá ser o amarelo. A amarelo deverá estar escrito “National Train of Freedom” (“Comboio Nacional da Liberdade”).
Dumisani “RAMADU” Moyo
Zimbabwe/Aústria, Julho, 2003